MENINO MENDIGO

MENINO MENDIGO

Ali vai um menino travesso

Ainda que inocente

leva com ele seus medos

Flutua em inércias

Seu tempo não tem medidas

Ele desenha seus sonhos arabescos

Vive suas coisas de ínfima espécie

Na usura e libertinagem

Para ele não existe culpa, verdades...

É sínico... capcioso... travesso...

É vazio de sentimentos

Sofre e chora ao relento

É mendigo por opção

É um lobo sem alcateia

Poderia ser outro ser

Treme em arrepios sem controle

Não existem manifestações de júbilo

Tornou-se impuro, híbrido de falácias

Vive construindo analogias

Travestido de realidades

Segurando seus desejos...

Seu corpo repousa em desmesuras

Dorme o sono dos injustiçados

Sua última vontade é verter lágrimas

Aleixenko
Enviado por Aleixenko em 27/03/2013
Código do texto: T4209829
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