Fadário [Cosmovisão de uma sociedade à ruína]
Quinquilharias de alma
Fragmentos de emoções
Resiliente forma de vida
Tristes lamentos de pregões
Fadário que move os dias
Incumbência de alma que tanto nos pesa
Rústica forma de existência
Que tal resistência à alma entesa
Sociologias de uma sociedade efêmera
Psicologias de uma psicótica religião
Mitos e lendas que se misturam na soturna vila
Embaraços de uma mesma canção
Patologias de uma crise aparente
Teologias de uma fé infundada
Medos, temores, tremores
Vírus de uma doença, vidas infectadas
Estafas, estresses, ilusão
Dinheiro, poder, glória e derrota
Marginais, criminosos, um brado de rota
Presos dentro de nossas próprias casas
São eles [bandidos] que nos levam as bancarrotas
Livres do lado de cá, nós presos em nossa próprias portas
Mortos nascemos, para mortos vivermos
Destinados a uma vida pequena se não a tornarmos maior
Não sei se é simples ceder a existir ou viver sem existir é pior
Loucura inata de um filósofo, pensador
Poesias sem nexo de um poeta trafegando entre as luas
Que são estas palavras, senão fragmentos de alma
São elas, pois, minha alma tão nua