Meu nome é Brasil

Os meus olhos falam mais do que muitas palavras, meu toque não corresponde a minha natureza, meu andar é puro soneto de uma flauta tocado fora do tom... por quantas vezes gritei sem ser ouvido? Por quantas vezes bebi o amargo de minha denúncia, que voltava para mim mesmo sem respostas? Tento ver mais não vejo, tento andar mais não ando, meus ossos parecem que estão falidos, meus rins filtram uma doce agonia tendo como principal maestro a injustiça, falo e tento te ouvir, mais não me ouvem... tenho as mais belas amostras de natureza, tenho os mais belos campos, tenho os melhores cultivadores do planeta, mais os fortes não me querem, os mansos não entendem, os simples me ignoram, estou triste e isolado, queimado estou, meu oxigênio se acaba, mais com tudo isto, a uma esperança, eu sou terra, eu sou água, eu sou matas verdes, eu sou a sua morada.

AUGUSTO SABAOTE
Enviado por AUGUSTO SABAOTE em 08/03/2013
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