Estrebuchemos
Por uma questão de ajuste
Em lógica que nos assuste
Para não comprometer
A harmonia do mundo
É preciso ter mais gente
Insistente e renitente
Diga sempre não à paz
Não obedeça, rapaz!
Toda força à intolerância
E à não observância
Faça rom-rom, torça a cara
Estrebuche, mande a vara
Diga não à paz armada
À luta, camarada!
Com pilhéria e bofetada
Agitemos a manada
Cuspa a moral de fachada
Que não nos resta mais nada
Escarneça do seu chefe
Cujo poder é um blefe
Construa seu inimigo
A partir do próprio umbigo
Tudo isso é uma grande farsa
Que a própria alma esgarça
Resista a cada momento
Ao discurso fraudulento
Diga não à lei e à ordem
Antes que os nazi acordem
Zero grau de disciplina
Ao menino e à menina.
Sujo, confuso e arredio
Que seja assim nosso rio
Para nadar de braçada
Em busca do tudo ou nada.
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