Estrebuchemos

Por uma questão de ajuste

Em lógica que nos assuste

Para não comprometer

A harmonia do mundo

É preciso ter mais gente

Insistente e renitente

Diga sempre não à paz

Não obedeça, rapaz!

Toda força à intolerância

E à não observância

Faça rom-rom, torça a cara

Estrebuche, mande a vara

Diga não à paz armada

À luta, camarada!

Com pilhéria e bofetada

Agitemos a manada

Cuspa a moral de fachada

Que não nos resta mais nada

Escarneça do seu chefe

Cujo poder é um blefe

Construa seu inimigo

A partir do próprio umbigo

Tudo isso é uma grande farsa

Que a própria alma esgarça

Resista a cada momento

Ao discurso fraudulento

Diga não à lei e à ordem

Antes que os nazi acordem

Zero grau de disciplina

Ao menino e à menina.

Sujo, confuso e arredio

Que seja assim nosso rio

Para nadar de braçada

Em busca do tudo ou nada.

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Fábio Mozart
Enviado por Fábio Mozart em 03/03/2013
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