A falta da vida por um trabalho

Eu não existo

Eu não sinto

Eu não repito

Eu não minto

Ser a mesma pessoa é difícil

Me sinto à beira de um precipício

Não quero ser mais um

No meio desse abismo

O dinheiro fala mais alto

A carga horária é alta

A pedra continua no sapato

De mim eu sinto falta

Ouço a gritaria de cada dia

Meus ouvidos ardiam

Não sinto mais a minha vida

Aquelas pessoas sofriam

Cada um pensava na sua família

Era triste ver

Cada história que arrepia

Só ouvindo pra entender

O rosto daquela gente

De quem comeu e não gostou

A tristeza ali está presente

Já não sei mais quem eu sou

No fim daquele trabalho

Sigo para o mesmo lado

Minha vida em cascalho

Naquele mesmo instante

Não vejo nada de importante

Nada contagiante

Tudo se perde naquele trabalho constante

Quem quiser ver mais poesias, tem a minha página no facebook "Diário de Poetas". Se quiserem passar e darem uma olhada, ficarei muito agradecido. Obrigado.

Ale Caldeira
Enviado por Ale Caldeira em 25/02/2013
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