Pessoas

O poeta é um fingidor tão completo

que chega a fingir ser dono de algo que não lhe pertence.

Não a dor!Isso é clichê.

Apenas finge ser poeta.É profissão séria.

É?

Faltar com a ética e a moral presente em cada obra política por natureza,

não e não!

O poeta é um fingidor tão completo

que chega a passar a dor.

Dor que dizem sentir,

mas responde nada sentir.

É apenas um vagabundo que desde quando descobriu-se não conhece descanso.

O ócio restante rende produção autoconhecedora.

Tudo é inspiração...

Tudo.

O poeta é um fingidor tão completo

que preenche a sua ausência em poemas

entre palavras e vazios nada vazios

transportados entre palavras, sentimentos

banhados nos olhos dos que o leem e então enxergam.

Sentimentos levados para o oceano da alma que enaltece

levantando asas na mente em uma viagem que o coração desmente...

e se engana.

A arte é a ligação com o divino.Com o que somos e não somos.

Finge tão bem

que não é poeta,

queria apenas ser poesia...

É a estereotipação do estereotipado

pelos que não conheceram a profundeza que continham,

cujos olhos, após gerações continuam blindados...

poucos são os artistas...

Esses estão mortos.Eu, aqui, materializado em palavras e ideias.

É terapia que deve levar à hipergrafia.

Poeta falso!É um falso para quem é.

Fingo tão bem...

O poeta é uma pessoa que como toda pessoa (nem todas)

traz dentro de si o poeta que teve coragem de buscar.

Adeus.

Victor Ricardo
Enviado por Victor Ricardo em 20/02/2013
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