Ironia
O tato que se doa à visão
No impacto de alma e coração.
A tapa que se dá no irmão
Vai além da imensidão.
Imenso deserto da justiça
Que é cega e não quer ver
Que é senhora deste ser
De alma suja e omissa.
Justo é quem não opina?
É ferir sua decência
Na calada da sua essência
Em lenta ruína?
Ser um ser mundano
Não justifica a covardia
Que habita essa ironia
O fato de ser humano.