Neurastênico, talvez eu seja...
Neurastênico, talvez eu seja
Diferente o suficiente para ser exótico
Em meio a essa vida que enseja
No mundo louco e caótico
Nos encaixes que a sociedade infringe
Nas leis levianas que os homens seguem
Sou aquele que da lei inflige
E aquele que todos o perseguem
Dos prazeres que a maioria deleita
Não sinto prazer e nem ao menos gozo
As minhas predileções rejeita
Essa hipocrisia mixuruca que dá nojo
Com nó na garganta a minha voz declama
Cantando ódio e indignação
Contra aqueles que se calam, não reclamam
Da falta de ordem, de superação.
E por mais que a alma seja transparente
Diante da escuridão que o mundo sustenta
Não vale apena eu ser o diferente
Dessa sociedade tão capenga