"FILHOS DO ABANDONO"
Pés descalços,
Sentem frio, mas não reclamam,
Nesse mundo deshumano,
Onde o abre-alas é a grana,
Sem lençol ou travesseiro,
A solidão lhes serve de cama.
Para muitos inexistem,
Para outros são ciganos,
Com a esperança mutilada,
E os sonhos na calçada,
Na identidade trazem escrito,
Filhos do abandono.
Pés descalços,
Sentem frio, mas não reclamam,
Nesse mundo deshumano,
Onde o abre-alas é a grana,
Sem lençol ou travesseiro,
A solidão lhes serve de cama.
Para muitos inexistem,
Para outros são ciganos,
Com a esperança mutilada,
E os sonhos na calçada,
Na identidade trazem escrito,
Filhos do abandono.