Carnaval Mercantil

Vai o capital impondo a harmonia

Vai marchinha agonizar no leito da agonia

Vai pelo circuito solitário no solo de Armandinho

Vai que tudo que é belo se perde pelo caminho

Lá se foi o tempo em que era espontânea a alegria

Agora ritmo , dança , vida: são puras coreografias

Espreme-se o povo feliz no cantinho

Muro escuro : a corda : o cofrinho

Tamanha barbárie reflete a falta de sintonia

Sopa de casta cada vez mais uma utopia

O que se revela é o paradoxo do ninho

E a divisão entre o trapo e o linho.

kakaos
Enviado por kakaos em 08/02/2013
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