VIDA EM CHIP

Vestidos estampados com florais

seguindo independentes pelas ruas

e os homens são de pano duro e azul,

a moda habita a veste, nada mais.

Pessoas, de remotas, inexistem,

é objeto que denota identidade,

percurso em que derretem vultos tantos,

entornam homogênea massa gente.

Os olhos vítreos, foscos cravam medo,

os lábios secos sugam o silêncio

e mãos seguram bambas as bengalas

que guardam vida em chip – celulares.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 28/01/2013
Código do texto: T4109653
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