Muros
Jogam pedras
Mas não conhecem os muros
Falam demais
Com lábios impuros
Acham-se os "deuses"
Jorrando "milagre"
Comem carne e dão osso
E em seus corpos escorrem vinagre
Na língua, usam serrote
Nos olhos,lagrimas de chuva
No beijo, como Iscariotes
No abraço,completam o Judas
No cérebro,pedem máquinas
Nos braços, pedem forças
Na letra, não dizem nada
Na musica, outras coisas
No céu, mandam no azul
No inferno,não querem o vermelho
Na rua,apontam pro outro
Em casa,esquecem do espelho