O Café Queimado

Nas pedras, brancas e negras, do calçadão

Seja pelo estrato monocromático maçante

Os ares exalam um miasma de depressão

Neste espaço decrépito de pessoas vacantes

Em frente ao teatro do café

Eu me indago, sem achar resposta

Se no meu peito ainda há fé

Bate vago o desígnio da proposta

Essa bandeira perfurada por estrelas

Arriada a meio haste, solitária parece

Em meio do café murcho, despercebida nas viseiras

Floresce miúdo um fruto fadado, apenas padece.

Elias Vilas
Enviado por Elias Vilas em 24/01/2013
Código do texto: T4101654
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