ODEIO TER DE ODIAR; MAS ODEIO POR TER TANTO AMOR...

A essência da civilização cospe no solo,

A essência desse caráter futiliza a oração,

A essência dessa vida fossiliza o sono,

A terra abandona o amor...

O sábio desnudou o ódio por seus irmãos,

Dentro havia ódio pela indução,

Ele odiou ter de odiar,

Mas ao ver seus irmãos morrendo de fome;

Odiou por ter tanto amor...

Ele escorreu da indução,

Tinha de ser limpo,

Dizia que tudo não passará de um crime,

Descobrira sua missão: partilhar o bem,

Hospedar o amor virgem, o ódio doutorado...

Em verdade é transparente em seus pensares:

“Enquanto os "grandiosos" cuspir no solo, futilizar a oração, fossilizar o sono, enquanto a terra abandonar o amor, enquanto um irmão morrer de fome, eu odiarei. Odeio ter de odiar. Mas odeio por ter tanto amor”.

O sábio ama o amor...

Ramon Catarse
Enviado por Ramon Catarse em 22/01/2013
Reeditado em 23/01/2013
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