A indivisível partícula do amor
Uma poça de lama no chão
Atravessamos para o outro lado
Uma árvore caída bem a sua frente
Viramos à direita
O rosto de uma criança chorando
Viramos à esquerda
Um espelho, uma vida
E esta, a sua
Se morasse na rua, o que seria de ti?
Se fosse um cão sem dono, como sobreviveria?
Se o avião caísse e o paraquedas não abrisse?
Se o mar esvaziasse e o sol de repente sumisse?
O que destrói o mundo não é Deus, nem o Diabo
O que destrói o mundo é o ‘silêncio dos inocentes’
Viveremos por muitos anos
Mas não seremos – gênios contemporâneos.
Pinturas abstratas
Rostos desfigurados
Criaturas doentes
Criações que frustram seus idealizadores
Existe uma voz interna
Uma voz que pouco se escuta
Ela indaga sobre problemas sociais e miséria.
Por que estamos traindo a confiança
De quem nos estende a mão?
Por que perdemos o caminho
Para nosso sonho de infância?
O que nos tornamos
Nesse ambiente vazio?
A indivisível partícula do amor
É um próton de emoções que viaja
Galáxias e espaço-tempo
Com a finalidade de que exista VIDA.