A indivisível partícula do amor

Uma poça de lama no chão

Atravessamos para o outro lado

Uma árvore caída bem a sua frente

Viramos à direita

O rosto de uma criança chorando

Viramos à esquerda

Um espelho, uma vida

E esta, a sua

Se morasse na rua, o que seria de ti?

Se fosse um cão sem dono, como sobreviveria?

Se o avião caísse e o paraquedas não abrisse?

Se o mar esvaziasse e o sol de repente sumisse?

O que destrói o mundo não é Deus, nem o Diabo

O que destrói o mundo é o ‘silêncio dos inocentes’

Viveremos por muitos anos

Mas não seremos – gênios contemporâneos.

Pinturas abstratas

Rostos desfigurados

Criaturas doentes

Criações que frustram seus idealizadores

Existe uma voz interna

Uma voz que pouco se escuta

Ela indaga sobre problemas sociais e miséria.

Por que estamos traindo a confiança

De quem nos estende a mão?

Por que perdemos o caminho

Para nosso sonho de infância?

O que nos tornamos

Nesse ambiente vazio?

A indivisível partícula do amor

É um próton de emoções que viaja

Galáxias e espaço-tempo

Com a finalidade de que exista VIDA.

David dos Santos
Enviado por David dos Santos em 19/01/2013
Reeditado em 19/01/2013
Código do texto: T4092790
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