colagem ou as impressões do doutor
1. diz o doutor que “os líderes religiosos precisam das televisões
para o crescimento de seus impérios ministeriais,
através da inserção de seus programas nas grades televisivas
a um custo milionário, patrocinado pelos fiéis,
com a promessa de que serão abençoados por Deus”
2. tendo como base o argumento evangelístico,
“os fiéis foram ensinados pelos líderes das igrejas que cresceram
a partir da televisão a contribuírem para a manutenção dos programas”
3. “é a pregação do evangelho pela TV
que aumenta a visibilidade das igrejas, seus membros e líderes”
4. se uma igreja compra a Rede Record,
é a Record que aumenta o poder da igreja ou o contrário?
“na verdade uma mão lava a outra” e os fiéis patrocinam essa limpeza
5. o doutor nos ensina que não sendo a Globo da Igreja Católica,
“não pode receber valores superfaturados
para a transmissão de missas pela madrugada”
6. mas era preciso que “a emissora carioca e os líderes evangélicos
adotassem uma postura adequada a seus interesses materiais”
7. opa, epa, interesses materiais e não espirituais
8. foi por isso que “a Rede Globo passou a apoiar
eventos como a Marcha pra Jesus, o Festival de Promessas,
tendo sido o mercado o responsável por essa mudança de estratégia”
9. a Som livre, empresa da Globo, “cria uma linha gospel
e assina contrato com estrelas da música evangélica”
10. “participantes do Festival de Promessas são contratados pela Som Livre e o sistema assim se alimenta”
11. o que os fiéis têm o direito de suspeitar, como talvez sugira o doutor, é que “a aproximação dos pastores evangélicos com a Globo
é uma necessidade da agenda deles e da emissora”,
na medida em que “representam a si próprios e seus projetos pessoais”
12. agora que os evangélicos têm como compensá-la,
“a Globo pode rever a sua resistência aos programas evangélicos”
13. os fiéis jamais suspeitando dessas negociações ou entendimentos,
que nada têm de místicos e muito menos religiosos
(texto com base no artigo “A Rede Globo e os Evangélicos”, do professor Clóvis Luz, de Ananindeua, PA, publicado no Observatório da Imprensa)