Utopia
Dorme a cidade.
Eu caminho na madrugada...
Qual folha levada pelo vento.
A cidade dorme.
Não há gritos, multidões, apitos...
Apenas o silêncio contemplativo,
Dos gigantescos edifícios! A espiarem,
De suas cúpulas, o horizonte escuro como
O futuro dos homens.
Dorme...
Eu caminho sozinho com meus sonhos:
Um mundo sorriso! Crianças abrigadas das
Intempéries...
Mesas fartas de pão e corações famintos de amor.
Flores a exalarem sutis odores...
Um mundo que compreenda a linguagem universal
Do perdão ...
Amanhece ... recomeça o turbilhão !
Morrem meus sonhos,
Tão semente ...