O Poeta na Nave Nuclear...
- Vez ou outra, no interior de minha nave nuclear. Me divirto entre uma viagem e outra à observar em meu potente microscópio, as malvadezas de algumas miniaturas... Que travestidos de gigantes, brincam com a sensibilidade humana, fazendo-os engolir "garganta a dentro" as suas *brincadeirinhas de mal gosto.- * Brincadeirinhas! Pois, para esses assombrosos e soberbos pequenos seres, que se acham grandes. Pisar no próximo e tratá-los como marionetes, além de divertido. Satisfaz o ego de quem se preza em ser superior a todos, nem que para isso tenha que viver em seu mundinho de atrocidades.
- Embora, poucos se enquadre nesse tipo de gente; fraca, orgulhosas e injustas. Não são poucos os adeptos de um governo centralizado unicamente num desejo próprio, único e absoluto: Eu! Eu! Eu!
- Essa de se achar dono do mundo! É algo indigesto e que não merece de maneira alguma qualquer tipo de consideração, a não ser a de repúdio e condenação a prática de tais atos.
- Governo que é governo de verdade! Tem que governar para o povo e não para si próprio. No entanto, acho impossível nos ajustes de meu microscópio, no interior de minha nave nuclear. Encontrar dentre todos, alguém que se empenhe ao máximo para atentar-se em suprir a necessidade daqueles que o elegem, de maneira suscinta e honesta.
- Enquanto vejo de meu lugar particular, hospitais sempre lotados e o povo sendo vitima de uma má administração e falta de condições para ao menos, acalentar a dor do povo que geme em seus corredores imundos... Enquanto, doentes se estendem entre macas e um fedido piso gelado, ou tomado pelo calor, em razão da grande aglomeração de pessoas e falta de ventilação. Prefiro prender-me a uma interminável revolta com tudo isso.
- O ibope e outros meios de pesquisas, teimam em colocar nossos governantes... Numa situação de prestigio, quando na realidade o povo luta para se safar de situações que parecem ser obscuras para os donos do poder.
- Continuarei em minha nave voando de um lado e outro à observar os acontecimentos em torno de nosso planeta, e caso seja preciso; não temerei de maneira alguma em relatar os fatos que me desperta interesse. Abraços! Convido-te a navegar comigo em minha nave nuclear.