VIDA DURA (leiam)

Devora com ganância o alimento encontrado

Que a muito, já fedia!

Cheio de mofo e estragado!

Mas, sua barriga está vazia...

Forçado a comer, é um coitado!

Talvez, seja essa, a única refeição do dia!

Lamenta o dia inteiro

A ausência da sua sorte

É um miserável verdadeiro

O seu corpo já não é forte

Não tem comida, lar ou dinheiro

Vive à espera da própria morte

Não há alegrias na sua vida

Só há sonhos sem esperanças

As suas roupas são tão fedidas

São adultos e são crianças

As suas preces "não são atendidas"

São alvos de sórdidas matanças

Só conhecem a liberdade

Das suas loucas aventuras

A sociedade dá-lhes à maldade

As drogas dão-lhes à loucura

Ainda que distante, sonha em verdade...

De sair dessa tortura.

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 10/03/2007
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