Batatinha quando nasce
Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão,
Criancinha quando morre, dá nó no coração,
Menininho que tem fome, mata sem complicação,
Cirandinha que não dança, é criada em vão.
Ciranda cirandinha, vamos todos cirandar,
Sem ver nem ouvir, volta e meia sem amar,
Janela janelinha, em casa não vai entrar,
Porta, campainha, a polícia eu vou chamar.
Bate o sino pequenino, quem está lá fora?
Noite feliz, meu menino, não vai embora!
Por favor, vem, é minh'alma que implora,
Abre as asas, ama, sem mais demora!
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Inspirado numa frase no perfil de Eron Levy, um poeta daqui do Recanto, extremamente criativo, original, e consciencioso. Quem ainda não o conhece, vale a pena visitá-lo:
http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=67245
Naturalmente, como alguns leitores apontaram por e-mail ou por comentário, a expressão original é "Batatinha quando nasce, espalha rama pelo chão" (referindo-se às raízes da batata). O "erro" foi cometido de propósito, com a intenção de reproduzir a expressão conhecida.