RECICLANDO POEMAS
Por onde anda meus poetares
meus cantares, meus indrisos
por onde andará minhas rimas
meus tercetos, minhas quadras?
absorto, passado, passivo
subjugo-me em minhas teses
colocando-me em testes
meus sensos criativos
elaborativos...
um poeta precisa saber dos "porquês"
dos sentidos banidos, bandidos
dos amores perdidos, indefinidos
das alegrias gerais
dos frevos, dos carnavais
da mulher insegura
do homem magoado
e outros apaixonados
do menino descalço
correndo entre becos
entre as ruas, favelas
onde estão meus lirismos
os ébrios, os bêbados, os mendigos
inveterados, viciados...
onde estão as criações inspiradoras
do meu veio erudito, iluminado
muitas vezes pelas estrelas,
outras pelos olhos verdes da morena...
onde estão meus versos, meus versejares...
da flor mais colorida, do aroma mais suave...
recolho-me assim em descobrir
viajar por dentro de mim
descobrir novos universos
novos elos perdidos
e desencadear um novo iniciar
com novos motivos
com novas esperanças
com novos "porquês"
Romulo Marinho