RECICLANDO POEMAS

Por onde anda meus poetares

meus cantares, meus indrisos

por onde andará minhas rimas

meus tercetos, minhas quadras?

absorto, passado, passivo

subjugo-me em minhas teses

colocando-me em testes

meus sensos criativos

elaborativos...

um poeta precisa saber dos "porquês"

dos sentidos banidos, bandidos

dos amores perdidos, indefinidos

das alegrias gerais

dos frevos, dos carnavais

da mulher insegura

do homem magoado

e outros apaixonados

do menino descalço

correndo entre becos

entre as ruas, favelas

onde estão meus lirismos

os ébrios, os bêbados, os mendigos

inveterados, viciados...

onde estão as criações inspiradoras

do meu veio erudito, iluminado

muitas vezes pelas estrelas,

outras pelos olhos verdes da morena...

onde estão meus versos, meus versejares...

da flor mais colorida, do aroma mais suave...

recolho-me assim em descobrir

viajar por dentro de mim

descobrir novos universos

novos elos perdidos

e desencadear um novo iniciar

com novos motivos

com novas esperanças

com novos "porquês"

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 16/12/2012
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