Banco - Indigente
quando uma criança
sentada na escuridão
de um banco de praça
encontra essa solidão
uma imagem embaçada
revive a figura de outrora
de uma infância esquecida
o menino não mais existe
um garoto que sonhava
agora vive num pesadelo
a realidade trai a fantasia
não resiste esse ingênuo
puberdade e promessa
vêm hoje como retrato
falsificado duma época
daquele velho universo
quando aquela estrela
alumia essa escuridão
ela se faz companheira
do pequeno na solidão