ARREMEDO
Na quietude da noite que vagueia
à solta pela minha sombra,
um odor acre invade minhas narinas
adentrando em meus pulmões.
É o cheiro da pobreza de sentidos...
Sentimentos corrompidos e banidos do peito.
É a desesperança que permeia
e acampa nos corações dos incautos.
É a letargia da emoção que estacou no tempo
princípios emocionais e morais entorpecidos,
latentes no âmago do ser profundo.
É o arremedo de sentir o que é o sentir...
Torpe modo de sobreviver-vivendo!
Denise Flor©