ARREMEDO

Na quietude da noite que vagueia

à solta pela minha sombra,

um odor acre invade minhas narinas

adentrando em meus pulmões.

É o cheiro da pobreza de sentidos...

Sentimentos corrompidos e banidos do peito.

É a desesperança que permeia

e acampa nos corações dos incautos.

É a letargia da emoção que estacou no tempo

princípios emocionais e morais entorpecidos,

latentes no âmago do ser profundo.

É o arremedo de sentir o que é o sentir...

Torpe modo de sobreviver-vivendo!

Denise Flor©

Denise Flor
Enviado por Denise Flor em 12/12/2012
Código do texto: T4031578
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