CIDADE DOS POETAS

Em sublimes versejares

ergo meus estandartes

em rumos inimagináveis

da cidade grande...

caminhante algoz

sempre como porta voz

indago meus poderes,

meus quereres,

nas estradas dos prazeres,

dos sonhos dos poetas...

feliz é de felicidade

me encontro na cidade

de muitas cidades

na identificação urbana

que quase tudo me inflama

na ternura e no afeto

nessa cidade de concreto

busco esse poetar...

em ruas lúgubres

dos bêbados cambaleantes

ou iluminadas das lojas encantadas

que se contrastam

entre o lírico e o contemporâneo

vou divagando, buscando

entre emoções e sensações

nos desvairos alucinantes

entre amores e desilusões, observo...

entre milhões de ensejos

no olhar ébrio do pedinte, do esmoleiro

dos homens apressados sequiosos

quase todos calados

nas colisões dos carros,

até na curva da mulher bonita...

tudo se faz poesia

que conspira e inspira

na lhana euforia

da alma da cidade

do momento que nunca descansa

na mente que inventa

no coração do poeta...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 11/12/2012
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