CIDADE CINZA

No estrépito alvorecer

entre as nuvens o sol encabulado

sem espalhafato começa aparecer,

em sons apavonados

na emanação das fumaças

dos carros, outras dos cigarros

trafegamos entre essa selva

que não há relva nem pássaros a gorjear,

um grito se remete

ao alarido babélico

que se confunde

na multidão

que passa com olhares distantes

em derradeiros instantes

sem emoção

observam inertes então se vão...

nessa cidade grande

feita de gigantes

em seus desafios

seus medos

e suas desesperanças...

Romulo Marinho

Romulo Marinho
Enviado por Romulo Marinho em 01/12/2012
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