Louco, eu? Não
Saúdo o nada.
Louco, eu ? Não.
Apenas perdi as oportunidades dos aplausos nos palcos dos teatros e circos por onde andei.
Agora só me resta o grande palco da vida.
Tento chamar atenção, mas ninguém me vê.
Por um momento alguém finge me enxergar. Umas moedas caem no meu chapéu.
Que bom, amanhã terei pão.
Um lampejo de memória
Carrego na alma marcas das lembranças vividas, das lembranças perdidas.
Para a sociedade sou insano. Não sou.
Estou só.
Sou um guerreiro solitário
Agora só tenho meu corpo, ávido, faminto de um simples aplauso.