PELE NEGRA BRANCA...
Um fardo contido até hoje
nas menções em gerações obstinadas
dos murmúrios ecoando, nos anais do tempo,
sobre os dias e madrugadas
um sofrer predestinado
sem resultados esperados
continua-se a luta
pelo ardiloso espaço
conquistas se fizeram
no labor onipresente
a cor da pele em detrimento
se faz constante, com merecimento
na raça a natureza se traça
tudo é escrito a sangue e suor
é canto ou pranto de dor
uma saudade no negro da cor
Avivá-te
levanta-te
pronunciá-te
Os cantos são de conquistas
os contos com mais alegrias
esperanças consagradas
comemoram com maestrias
A pele não distância
a emoção de irmandade
somos iguais
somos todos metades....
Rômulo Marinho