Castelo de ilusões

Nasceu.

E a partir daí começou a ser enganado.

Felicidade vazia o preenchia.

Começando pelo mundo fantasioso

E chegando ao mundo real.

Cresceu.

Viu uma onda subir

E desmoronar seu castelo

Que ano após anos

Vinha sendo construído

A base de ilusões.

Viveu.

(Ou pelo menos tentou viver…)

Dor.

Frustração.

Tristeza constante.

Onde estava o mundo perfeito que diziam existir?

Morreu.

Por estar desacreditado,

Por não ser amado,

Por não sentir mais prazer em nada.

Morreu da pior forma possível.

Interior morto, exterior vivo.

Interior doente, exterior aparentemente bem.

Morreu muito, muito antes

De seu coração parar de bater

E quando essa hora finalmente chegar,

Abraçará a morte com alívio

Por ver nela a única saída.

Debora Santos
Enviado por Debora Santos em 16/11/2012
Código do texto: T3989548
Classificação de conteúdo: seguro