EXISTÊNCIA
De que vale te ter
Apesar das magníficas estampas
Se brilha quando passas
Mas quando pensas não encanta?
De que vale ver Narciso
Se seu interior não tem Platão?
De que vale e o quanto vale
Uma mente sem visão?
De que vale tanta beleza
Senão há o menor teor?
Ainda que os olhos encantem-se
Onde está o valor?
De que vale o belo rótulo
Quando as belas medidas são banidas?
Existência, existência...
Do que vales sem vida?