EXISTÊNCIA

De que vale te ter

Apesar das magníficas estampas

Se brilha quando passas

Mas quando pensas não encanta?

De que vale ver Narciso

Se seu interior não tem Platão?

De que vale e o quanto vale

Uma mente sem visão?

De que vale tanta beleza

Senão há o menor teor?

Ainda que os olhos encantem-se

Onde está o valor?

De que vale o belo rótulo

Quando as belas medidas são banidas?

Existência, existência...

Do que vales sem vida?

POETA URBANO
Enviado por POETA URBANO em 02/03/2007
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