LUIS, O APENADO

Depois de passar o tempo

Qualquer fruta se estraga

No mundo de hoje em dia

O crime virou uma praga

Porém o que aqui se faz

Aqui ainda se paga

Por isto existem presídios

Cheios de gente sofrida

Que ali estão a pagar

Os erros da sua vida

Limpando a sua moral

Para sair de cabeça erguida

E dentro de um presídio

Está o Luis, o apenado

Que errou com a justiça

E um dia foi agarrado

E pelos erros que fez

Pela lei foi condenado

Ele então foi recolhido

Ao presídio municipal

Conforme leis e artigos

Que no código penal

Descreviam a sua pena

De acordo com o seu mal

E ali ele vai passando

Seus dias, mês após mês.

Esperando com paciência

Que chegue a sua vez

De sair de peito erguido

Porque pagou pelo que fez

Enquanto não chega o dia

Ele não se apavora

Porque recebe visitas

Das pessoas que ele adora

Os amigos, os parentes

Seus filhos e sua senhora

E preso em suas idéias

Ele deste modo pensa

Neste mundo de miséria

Já não existe quem vença

Pois hoje em dia ser pobre

Já é uma grande sentença

Quanta miséria nas ruas

Quanta gente sem escola

E crianças semi-nuas

Nas ruas pedindo esmola

Como é que igual a mim

Não irão para a gaiola

Todos nós somos humanos

Por isto todos erramos

A lei existe e por certo

É para ela que nós pagamos

Mas se até Deus da outra chance

Porque é que nós não damos?

Eu creio na lei divina

E acato a lei dos homens

Mas ladrão rico não prendem

Porque tem dinheiro e nome,

Então porque me prenderam?

Se roubei pra matar a fome.

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 14/11/2012
Código do texto: T3986408
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.