(In)justiça

E lá estão eles

Mais uma vez

Fazendo justiça

Com as próprias mãos.

Sem se importar

Com a identidade original

Do inocente

Que erroneamente julgam culpado.

Não precisam de muito.

Apenas olham,

Tiram suas conclusões

E não aceitam contestações.

Começa a sessão de tortura

Querendo que o acusado assuma

A culpa do que não fez,

Confesse o que não sabe.

Logo depois vem a morte.

Mais sangue inocente

Molhando o chão

E ninguém impede.

Cada vez mais corpos desaparecidos,

Cada vez mais crimes cometidos

Por quem deveria proteger,

Por quem deveria impedi-los.

A pena de morte

Já está sendo posta em prática

E quem a pratica

São os fardados das ruas.

Quem deveria trazer segurança

Instala o caos na cidade

Por pura diversão,

Por puro prazer.

Todos se calam diante disso

E muitos deles saem impunes.

Uma questão paira no ar:

O que fazer para mudar essa situação?

Debora Santos
Enviado por Debora Santos em 13/11/2012
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