(In)justiça
E lá estão eles
Mais uma vez
Fazendo justiça
Com as próprias mãos.
Sem se importar
Com a identidade original
Do inocente
Que erroneamente julgam culpado.
Não precisam de muito.
Apenas olham,
Tiram suas conclusões
E não aceitam contestações.
Começa a sessão de tortura
Querendo que o acusado assuma
A culpa do que não fez,
Confesse o que não sabe.
Logo depois vem a morte.
Mais sangue inocente
Molhando o chão
E ninguém impede.
Cada vez mais corpos desaparecidos,
Cada vez mais crimes cometidos
Por quem deveria proteger,
Por quem deveria impedi-los.
A pena de morte
Já está sendo posta em prática
E quem a pratica
São os fardados das ruas.
Quem deveria trazer segurança
Instala o caos na cidade
Por pura diversão,
Por puro prazer.
Todos se calam diante disso
E muitos deles saem impunes.
Uma questão paira no ar:
O que fazer para mudar essa situação?