PLENA POBREZA
PLENA POBREZA
Treme o pirralho abandonado
Um pão seco engana sua fome
Vegeta em plena pobreza
Não nos isenta de vergonha
Não serve de consolo brigas
De nada vale seu pranto
Ele está atado á realidade
Como um cavalo preso à rédea
Na família ele é só um pivete
É comparado ao zero infinito
Onde compaixão é gota de orvalho
Seria ele um espectro da morte?
(abril/1991)