Recluso

Recluso

A fio, irresolutos,

passam-se os minutos...

passam-se os dias...

A chuva estia

e a vida amarela.

Segue na vã lida

num mar de procelas,

olhos, luz perdida,

sangram as feridas,

em pus e remelas.

E enfermo em sua cela

lambe suas chagas

vomita nuas pragas,

de seu fundo draga

quizília e mazelas