INFELIZMENTE
Sempre as águas dos rios passeiam
sob a língua dos viadutos.
E no encontro do rio com o cotidiano
três sorrisos se apascentam:
a pedra
a esfinge
a memória da cidade.
Ao ver que no contorno
das horas eufônicas
o Cristo Redentor estende os braços.
Mas infelizmente,
há tantas vidas debaixo da ponte,
tantas nem tem relógio.
E nesse armado tempo visceral
a história, os fatos autoritários
são atuais – reais e presentes.
Desde o descobrimento do Brasil
todos os cavalheiros cabralescos
que vigiam os latifúndios
causam-nos assombros.
Vá entender tais desatinos,
pela usura do poder fazem tudo
Até acender da bomba o estopim.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: Infelizmente
Sempre as águas dos rios passeiam
sob a língua dos viadutos.
E no encontro do rio com o cotidiano
três sorrisos se apascentam:
a pedra
a esfinge
a memória da cidade.
Ao ver que no contorno
das horas eufônicas
o Cristo Redentor estende os braços.
Mas infelizmente,
há tantas vidas debaixo da ponte,
tantas nem tem relógio.
E nesse armado tempo visceral
a história, os fatos autoritários
são atuais – reais e presentes.
Desde o descobrimento do Brasil
todos os cavalheiros cabralescos
que vigiam os latifúndios
causam-nos assombros.
Vá entender tais desatinos,
pela usura do poder fazem tudo
Até acender da bomba o estopim.
Edição de imagens:
Shirley Araújo
Texto: Infelizmente