Sono dos (in)justos
Noite sombria,
nuvens negras,
lua escondida
na penumbra.
Praça vazia
folhas secas
quem caminha
nesta hora?
Noite sombria,
Campo de Santana
agito na avenida
carro em disparada
Pita a guimba
na solidão da dureza
do banco de madeira
deita-se e não resmunga
Noite sombria,
Quem vem da Lapa
nem irá reparar a praça
e o morador de rua.
No calor da folha
de jornal deixada,
de notícia passada
estica-se e apaga
Dormirá o sono dos justos?
Ao ver a cena,
dormiremos o sono dos (in) justos?
AjAraujo, o poeta humanista, escrito em 5-Out-2012.