O RICO PROGRESSO POBRE

Perdão minha sociedade

Mas não posso mais calar

Sou obrigado a falar

A nua e crua verdade

Para mostrar a realidade

Pois embora não pareça

O mundo esta às avessas

Com a miséria e a maldade

Porque a tal de evolução

Deixa o mundo mais pobre

Pois o custo de vida sobe

E o trabalho escasseia

O que era lindo se enfeia

A nossa vida se acaba

E o nosso mundo desaba

Feito um castelo de areia

As vilas viram cidades

E as cidades, capitais

E o povo sofre bem mais

Ao abrirem as cortinas

Mostrando indústrias, usinas

E um véu de poluição

Que nos estraga o pulmão

Pior do que a nicotina

E nestas antigas vilas

Que hoje são cidades grandes

O sofrimento se expande

Arrasando a moral do homem

Pois pessoas morrem de fome

Por não terem o que comer

E quem tem, não quer saber

Ao ver um pobre,diz, te some

Já diz um velho ditado

Pobre tem que nascer morto

Pois para alguns ricos, é torto

È marginal, desordeiro,

Salafrário, trâmbiqueiro,

Bandido e também ladrão

Só por não ter posição

E não possuir dinheiro

Por não ter serviço fixo

O pobre então vive de bico

E é explorado pelo rico

Que por ser posicionado

Suga o suor do coitado

Faz derrubar touro a murro

E trabalhar pior que burro

Depois lhe dá alguns trocados

Não tem consciência, nem alma

Os que chamamos de nobres

Pois é com o suor dos pobres

Que alguns passam a vida bem

Mas se hoje tudo eles tem

O amanhã é inesperado

E o bem posicionado

Pode ficar pobre também

Para as pessoas do interior

A coisa ainda é mais séria

Porque caem na miséria

Sem saberem a razão

E ninguém lhes estende a mão

Deixando-as desiludidas

Que revoltadas com a vida

Se atiram na perdição

Só o que resta é a lembrança

Do gado e da plantação

Que deixaram na ilusão

De que a cidade era melhor

Mas só a miséria, e a dor

È o que a cidade encerra

Pois sem serviço e sem terra

A vida perde o sabor

A miséria então lhes tira

Até o caráter de homem

Pois forçados pela fome

Em que vêem suas famílias

Para que mulheres, ou filhas

Não periguem á prostituição

Alguns de arma na mão

Para o crime galgam trilhas

E no submundo do crime

Vão aumentando as fileiras

Surgindo mais mães solteiras

E mais criança abandonada

E ninguém quer fazer nada

Porque será? Eu pergunto

Que todos vêem o assunto

Como se fosse uma piada

Minha intenção é mostrar

Para quem tem dificuldade

Que o amor e a fraternidade

Já nascem junto com a gente

E só formando a corrente

Com os elos, paz, e caridade

Iremos salvar a humanidade

Do caos que é iminente

Sei que todos têm consciência

Do que eu estou dizendo

E espero que compreendendo

O assunto em questão

Resolvam unir as mãos

Para resolver estes problemas

Pois diante das leis supremas

O pobre e o rico, são irmãos

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 03/11/2012
Código do texto: T3967550
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