Sandro
Sandro!
Por trás de teus olhos malvados
Existe uma criança com frio
Por trás de tua arma empunhada
Jaz o querido Brasil
Sandro!
Preferiram te esquecer
Te esconder
E você se tornou o invisível
Que quis um dia aparecer
Sandro!
O que é isso?
Porque não te deixam respirar
Já sufocaram o teu grito
Agora vão te matar
Sandro!
Porque chama a tua mãe
Não sabe que ela está morta?
E a lâmina penetrou tão fundo
Que furou até os teus olhos
Sandro!
Quantos de você ainda existem
Mortos na candelária ou repousando tristes
Mortos por brincadeira
Mortos e felizes
Sandro!
Você não tem mais nome
Mas gostaria de te chamar
Não quero que você seja apenas o homem
Apenas o rapaz do “Ônibus 174”