POEMA DE AMOR E DE ESPERANÇA
Não consigo crer no verde de teus olhos
nem na luz que se clareia de teu sorriso.
Não creio na busca de afeto
nem nas mãos que me acariciam meu rosto em pranto.
Não sei se posso sentir o mesmo sentimento
Que as princesas sentem na fantasia de amar
algum príncipe que se diz encantado:
Não quero e nem serei este príncipe.
Sou apenas o sapo que espanta os olhares
de outros seres inanimados.
Quereria eu encontrar o meu coração perdido
Ou roubado por piratas dissimulados em seus navios fantasmas.
Quereria eu saber da eternidade, mas a solidão poderia ser plena
Não creio na espada que corta a cabeça dos jovens
Que estão aí entreguem ao escárnio do ódio
Preferiria eu continuar sonhando com um mundo melhor.
De sentir o beijo mais doce e quente da vida
de sentir o sentimento mais forte e audaz que é o amor
de ter a esperança transformada em realidade
de não usar nem espadas e escudos para proteção
mas abraços de ternura e carinho verdadeiros e fieis.
Quereria eu usar da fantasia para acreditar que um dia
Os irmãos sejam irmãos, as pessoas sejam boas
E ninguém sofreria de dor e medo de viver
E de olhar seres tão pequenos estendidos nas covas rasas
De uma realidade que não se pode entender.
Luciano Cordier Hirs – 30/10/2012