O LIXO POLÍTICO A CÉU ABERTO
E na vida modesta na periferia,
Pipa no ar, no coração poesia
Aqui estou, ouso uma musica.
Enquanto pão e circo me oferecem,
Acalma a mente pobre ilusão
A esperança morte fica a quem
Veja da laje nobre burguesia
Enquanto o pensamento me pede,
Para escrever palavras, aflição;
Vejo eu a procura da saída
Do verbo, do trema certo sólido
Entre veias feridas sanguentas,
Escorre o sangue de minha terra mãe
Fedentinas a céu aberto vento forte
Sangra o lixo capital morte lenta
Espantam passos alheios a todos,
A água do veio sagrado secou
E em seu leito lama e vento
Promessas passaram;
Cadê o tampar do saneamento,
De vossas decências podres,
Na decência, o básico do pensamento,
Esta falta a muitos aqui.
Wagne Ribero