Irreflexão Perversa
Enjaula-me
Inconsciente pervertido,
Já que sempre foste
O meu maior inimigo.
Que clausura fingida
Como se a perversidade,
Fosse-te limpar a sujeira
Da tua alma estagnada!
Oh consciência de víbora,
Até quando buscarás o injustificável?
Para dissimular o medo
Da outra vida que não se finda.
Que te espera sem prejulgar
Por respeitar o livre arbítrio,
Que progride do amor original
Sem transgredir a fé permutável.
Que enobrece a misericórdia mística
Da metafísica milenar esperançosa,
Para medir a mentalidade humana
Na mensagem pragmática do futuro.