NO COTIDIANO DA BEBIDA
Tem gente que toma uns tragos
E logo fica valente
Não pode ver um na frente
Que já faz provocação
Passa a bancar o machão
Largar charada pra os outros
Mas ate simples garotos
O fazem lamber o chão
Tem também quem bebe e busca
A chamar as atenções
Ser o centro das atrações
Fazendo coisa engraçada
Dizendo palavra errada
Se achando interessante
E pensando que é importante
Mas é palhaço e mais nada
Também tem quem bebe e diz
Que é pra acalmar uma dor
Porque perdeu o amor
A quem havia se entregado
E sendo ainda apaixonado
Não encara esta verdade
E foge da realidade
Se mantendo embriagado
Mas tem o que bebe e diz
Que é pra esquecer a miséria
Porque a coisa ficou séria
Ao ficar desempregado
E gasta o ultimo trocado
Em cachaça ou então em vinho
Sem ver que aquele “troquinho”
Podia ter lhe ajudado
E tem gente que ao beber
Se torna bem violenta
Pega a mulher e arrebenta
De tanto lhe dar pancada
Nos filhos bate por nada
Não atende a mais ninguém
E a mobília que ele tem
Deixa então toda quebrada
E tem aqueles que bebem
E se tornam bem religiosos
Narram fatos milagrosos
De muitas eras atrás
Fazem preces, e rituais
E debates de religião
Mas depois sóbrios, então
Nem de DEUS se lembram mais
E tem aqueles que bebem
E nos deixam muito contentes
Versejam, cantam pra gente
Nos dão calma e alegria
Para fugirem da agonia
Cruel que é as suas vidas
Feito escravos da bebida
A perecerem dia a dia
E tem gente que bebe e faz
Tudo isto que eu falei
E coisas que eu não citei
Como roubar e assaltar
Estuprar e até matar
Tanto faz ser rico ou pobre
Pois depois que o álcool sobe
Só faz a pessoa errar
Cada um é independente
Para escolher como viver
E fazer o que bem entender
Mas mesmo assim eu aviso
Procurem criarem juízo
E de beberem deixarem
Se um dia almejam ganharem
Um lugar no paraíso
Pois tanto faz beber um pouco
Ou ate ficar a esmo
Porque o fim vai ser o mesmo
É a verdade nua e crua
Pois o vicio se perpetua
Até não ter mais saída
E o ponto final da vida
É uma sarjeta de rua