Desconstrução
Na perene forma de todo ser
É imponderável a estrutura que se segue.
De tamanhas imperfeições
Surge ao inestimável
Bem no cerne de tudo
Que se deseja ao menos
No que se fala em termos poéticos.
Triste de mim que sou apenas um bardo
Que se corrói nas ânsias do humano
Intransigente às meras coisas.
Esquece-se do eu para se falar daquele,
Uma terceira pessoa de um popular
Que numa sociedade devastada
Por coisas mundanas
Destrói-se aos poucos.
E eu, que sou apenas um poeta,
Vê a distância do que se poderia ser,
Pois a imaginação está longe
E estas poucas linhas não nos cabem poucos sentimentos
Que formariam alguma rima.
E, assim, se acalanta
No seio do despossuído.