Medo
Já são duas horas da manhã...
E aquela mãe aflita não consegue pegar no sono.
Está preocupada com o seu filho
Está vivendo na rua em pleno abandono.
Ela não teve culpa de nada,
Pois foi seu marido que quis assim
O filho brigava sempre com o padrasto,
A briga era intensa, pois nunca tinha fim.
Fugiu de casa dizendo que ali não viveria mais
Estava muito revoltado, dizia que não sentia a paz.
Preferiu viver perambulando as ruas do centro da cidade
Tinha uma felicidade passageira, mas era melhor a nova realidade.
Sua mãe ainda não pegou no sono,
Ainda sonha com um lindo momento.
Ver seu marido e seu filho juntos,
Seria muito bom esse verdadeiro sentimento.
Também espera pelo marido, ali sozinha e calada.
O que também estaria fazendo ele,
A essas horas da madrugada?
Estaria em um bar? Ou saído com os amigos?
Estaria no forró? Ou caçando inimigos?
Ela não sabia de nada
Levantou-se, pois ouviu passos...
Tal foi a sua surpresa...
Ao abrir a porta
Seu filho e marido, entrando juntos abraçados!