POEMA DE 1976
Corre o rio subterrâneo, agônico
e, abaixo dele, a dor insana
rio-palavra, véu sobre o silêncio intraduzível
luz inútil a resvalar o corpo das miragens.
Esteta das formas ausentes
crítica das obras não escritas
a revolucionária que jaz em pé
pós-arauto das utopias perdidas
sob o olhar cúmplice, aquiescente
de todos os também derrotados companheiros.
Ai, a minha jovenzinha... a minha jovenzinha...
Publicação na tarde de 05 de outubro de 2012