REFÚGIO ATEU

Escravizada seja a consciência

Dependente do usufruto de agora,

Que foge do fogo da verdade

Como se pudesse dele escapar.

Enviesada na mística falsa

De um império vil,

Atrelado a safadeza humana

Que desprioriza o amor gentil.

Que pagará o preço

De uma razão carcomida,

Embelezada pelo refúgio ateu

Para contestar o mistério da vida.

Contudo busca o engate eterno

Para desmistificar a tristeza da alma,

Que mostra o caminho do bem

Na glorificação do além-túmulo.

Martinho Pereira
Enviado por Martinho Pereira em 05/10/2012
Reeditado em 09/10/2012
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