HUMANOS ANIMAIS

(Poema do livro Calvário Nacional, de Gilnei Nepomuceno)

Encontrei-me numa rua

Chão de pedra

Moderna cidade

Esgoto, podridão

Sociedade

Saí pelo campo e vi a tristeza

Poluição, desmatamento

Árvores secas, sem beleza

Destruição

Animais morrendo

Mudei de caminho, voltei à cidade

Deparei com o pranto

Com gente sofrida,

Sem destino, sem encanto

Com a vida perdida nas latas de lixo

Buscando comida

Doeu-me a tal cena

Humanos animais, comendo carniça

Restos do progresso

Nas mesas da vida cruel injustiça

Peguei outro atalho, mas nada mudou

A violência eu vi

Sangue e dor, homens querendo subir

Eterna disputa

O poder sugando a fraqueza

O rico mais rico, o pobre mais pobre

Desgraça versus nobreza

Não existe jeito, extinguiram a paz

O mundo jamais será perfeito

Enquanto houver humanos animais.

Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 24/02/2007
Reeditado em 26/02/2007
Código do texto: T391651
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.