UM MENINO FAMINTO
UM MENINO FAMINTO
Vê-se um corpo invisível
É um menino faminto
Um absoluto desconhecido
Que exala um cheiro horrível
Ninguém pega sua mão
Para saciar sua fome e seu espírito
Quer doce e pão com manteiga
Bebe água da chuva
Seu riso é duro como concreto
É frágil e queima seu peito
Sem compromisso ele pergunta:
Nesta história a vida nasce?
(março/1998)