Mazela Social
Mazela Social
Vida cruciante qual madrasta
Que maltrata em colo hostil
Rebentos em trevas nefastas
E ignora a quem pariu
Conduz incertas crianças
Ao simples acaso ou a sorte
Outras tantas sem esperança
Destinam cedo pra morte
Habitam em quaisquer lugares
São invisíveis e sem nome
Falange de miseráveis
Que vivem à margem, na fome
Sem teto chão ou governo
Sem sonhos e sem razão
Vivem em constante desprezo
E à míngua esmolam o pão
Produto da burguesia
Balança sem igualdade
Dos que vivem a hipocrisia
E fingem sensibilidade
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