...e depois?
Depois...
nada será igual ou diferente,
final ou para sempre,
só a fisiologia do sonho
explica um futuro risonho.
Fecha o livro,
esquece em queda livre,
tu és o que te precede,
o depois é istmo, é ponte, é rede,
um alcançar de terras ignoradas,
um refrear de ânsias não domadas,
não creias no "felizes para sempre"
expõe o peito e deixa que a dor entre...
ou a alegria.
Mas respira --
nem sempre o que será, parece,
há o tempo, há o vento que amortece,
há os outros que te dizem "por aqui",
há em ti um instinto que desdiz
que há tinta permanente,
que há papéis que duram para sempre,
que há leituras indeléveis
e vidas estéreis.
Fecha o livro, esquece e entende:
não existe tradução para "THE END".