DE QUEM É A CULPA?

Por conta das fragilidades, as feridas

São expostas, e sob o olhar

Insensível, uma infância é perdida

Deixando no ar perguntas sem respostas.

A quem cabe a responsabilidade

De um destino adulterado,

Ao estado inoperante que vitima a sociedade

Ou os pais herdeiros de lares desestruturados?

Perdeu a expressão aquele rosto

Barbaramente violentado em tenra idade,

São de Bárbara, agora, os olhos de desgosto

Da inocência ultrajada em toda sua integridade.

A própria mente doentia

No cometimento do ato infrator

Deve ser tratada como rebeldia

Ou encarcerada entre párias sem nenhum pudor?

Os danos causados à pequena infeliz

Impedida de qualquer reação,

Pode ser o atalho à outra diretriz

Entre becos e sarjetas deste mundo cão.

Difícil sorver o líquido da insensibilidade

Contido no cálice da indiferença

Imagens chamam a atenção de toda a sociedade

Individualizada em seu mundo de descrença.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 23/09/2012
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