DE QUEM É A CULPA?
Por conta das fragilidades, as feridas
São expostas, e sob o olhar
Insensível, uma infância é perdida
Deixando no ar perguntas sem respostas.
A quem cabe a responsabilidade
De um destino adulterado,
Ao estado inoperante que vitima a sociedade
Ou os pais herdeiros de lares desestruturados?
Perdeu a expressão aquele rosto
Barbaramente violentado em tenra idade,
São de Bárbara, agora, os olhos de desgosto
Da inocência ultrajada em toda sua integridade.
A própria mente doentia
No cometimento do ato infrator
Deve ser tratada como rebeldia
Ou encarcerada entre párias sem nenhum pudor?
Os danos causados à pequena infeliz
Impedida de qualquer reação,
Pode ser o atalho à outra diretriz
Entre becos e sarjetas deste mundo cão.
Difícil sorver o líquido da insensibilidade
Contido no cálice da indiferença
Imagens chamam a atenção de toda a sociedade
Individualizada em seu mundo de descrença.